No primeiro livro desta trilogia (intitulado Primeiras Impressões), o autor relatou a sua chegada à cidade de Braga, em janeiro de 2002. Ali chegado por motivos de trabalho, encontrava-se, no fundo, a percorrer uma viagem diferente: estava mergulhado num processo de sanação curando-se de vários conflitos e situações dolorosas que haviam sobrevindo à sua vida nos últimos anos.
Este segundo livro do seu Diário intitula-se Entre-ver. Com muitas dificuldades, tentativas e erros, não sem dor e dúvidas, este é um caminho no qual a esperança começa a florir na sua vida, a meio da noite. Quem se adentrar nas páginas deste Diário viajará acompanhando o autor que conduz imerso no nevoeiro, apesar de só conseguir ver o troço de estrada imediatamente à sua frente.
Nesta viagem das trevas para a luz, o autor ficou alojado no albergue do convento dos Carmelitas Descalços em Braga. À sua chegada, a comunidade estava a recuperar a figura de um carmelita do século XIX, Frei João d'Ascensão, popularmente conhecido por Fradinho. A sua figura está presente em todas as páginas deste diário como um fio condutor.